Ser Criança: uma compreensão existencial da experiência infantil (2ª edição)
Caso ocorra divergência ou erro na informação do endereço para envio por parte do comprador, a Editora não arcará com o custo da segunda postagem, que deverá ser paga pelo comprador
Enviamos para todo o Brasil sem cobrança de frete.
Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo
Elaine Lopez Feijoo
Descrição
No conto João sem medo escrito pelos irmãos Grimm, João, o menino que nada temia, queria aprender a ter medo para assim ganhar maturidade. O pai, os irmãos e os amigos de João procuraram ajudá-lo com base nas suas experiências e metodologias nessa tarefa para o menino aprendesse a ter medo. Dessa forma, o autor do conto nos mostra como aquilo que é peculiar a existência, ou seja, as contingências inesperadas, não decorre de um simples e mero aprendizado. A criança lidava com o mundo com aquilo que Henry James denomina da segunda volta do parafuso, ou seja, a imaginação. Esse autor esclarece que ao contar uma história aos meninos, o adulto dá uma volta no parafuso, mas a criança dá sempre a segunda volta. Isso acontece porque a criança trabalha imaginativamente duplicando aquilo que lhe contaram. Por isso, todas as instruções e histórias que inventaram para que João aprendesse a ter medo, mostraram-se insuficientes para que ele aprendesse a ter medo. João na sua própria experiência, de súbito, repentinamente, assusta-se, treme e, então, aprende naquilo que Haufniensis denomina de Escola da Angústia, ou seja, a vida mesmo, de modo inesperado, como em um salto, apresenta a João seu caráter de vulnerabilidade.